Mostrando sempre bom desempenho durante todo o campeonato, a comunidade da Vila Gilda/Dale Capela levou a melhor na final e garantiu o bicampeonato da Taça das Favelas Baixada Santista 2023, na manhã de domingo (23/4), no Ulrico Mursa, estádio da Portuguesa Santista.

Enfrentando o time da Areia Branca, a equipe da Vila Gilda abriu o placar nos primeiros minutos de jogo e chegou a ampliar a vantagem para terminar o primeiro tempo com 2×0. No etapa final, a equipe do Areia Branca voltou disposta a virar o jogo e conseguiu encostar, fazendo o gol que incendiou as cerca de 3000 pessoas que foram conferir a final.

A partida seguiu disputada lance a lance até o último segundo, mas a equipe da Vila Gilda conseguiu administrar o resultado e garantir o 2×1.

O jogo de abertura da grande final ficou por conta das equipes femininas do México 70 (São Vicente) x Santa Rosa (Guarujá). A partida de volta da fase de grupos da Taça das Favelas Regional terminou em 2×0 para o time de São Vicente. Na disputa de pênaltis, o Santa Rosa ficou com a vaga na semifinal, vencendo por 3×2.

Taça das Favelas
A taça é a maior competição entre favelas do mundo. Neste ano, reuniu cerca de 600 atletas distribuídos em 16 comunidades no masculino municipal e oito no feminino regional: Areia Branca, Bom Retiro, Chico de Paula, Jabaquara, Jardim São Manoel A, Jardim São Manoel B, Macuco, Morro da Nova Cintra, Morro José Menino, Pantanal, Rádio Clube, Saboó, Unidos da Penha, Vila Gilda, Vila Progresso e Jardim Castelo.

De acordo com o coordenador de esportes da Cufa Baixada Santista, Darlan Santos, o sucesso do campeonato pode ser percebido pelo aumento significativo no número de participantes. “No ano passado, tivemos dez equipes e neste ano 16 times competindo, um aumento de 60%. A gente percebe a adesão da comunidade também pelo público. A gente lotou do início até a semifinal as arquibancadas do Estádio do Pagão”, contou.

O presidente da Cufa, Deraldo Silva, falou sobre a importância da parceria com a Prefeitura de Santos para a realização da competição. “A Prefeitura tem sido uma parceira 100% tanto no ano passado quanto neste ano. Eu costumo falar que sem essa parceria com o poder público e a iniciativa privada, o tripé não fica de pé. Esse alinhamento nos permite integrar comunidade, prefeitura e favela e o resultado é essa festa linda e maravilhosa do futebol e do esporte”.

Marcivan Barreto, presidente da Cufa SP, esteve presente e falou sobre a importância da iniciativa. “É uma grande alegria estar aqui para ver de perto essa garotada que, na maioria das vezes, são jovens que estão invisíveis dentro das suas comunidades esperando uma única oportunidade”.