No Dia Mundial da Água, Santos lança programa de análise e preservação de nascentes
Determinada a monitorar e preservar rios e riachos na Cidade, a Prefeitura de Santos inicia um programa pioneiro para conhecer em profundidade as fontes de água existentes no Município. O objetivo, além de preservar a história e a cultura desses locais, é analisar a potabilidade (se há segurança para o consumo humano) dessas fontes.
De acordo com o prefeito Rogério Santos, este programa junta-se a outros como o de promoção da Cultura Oceânica nas escolas municipais e o convênio com a Ecofaxina, que visam dar um olhar especial ao meio ambiente. “Essa semana também entregamos a primeira trilha Sinalizada de Cicloturismo no Bairro Quilombo, na Área Continental, que une duas atividades sustentáveis e complementares. Estamos muito atentos à questão da sustentabilidade de forma que o desenvolvimento gere emprego e renda para quem realmente precisa e, acima de tudo, permita preservar e garantir os recursos naturais para as próximas gerações”, explica o prefeito.
No passado, vários córregos e riachos cortavam a Cidade. Porém, pouco a pouco, eles foram canalizados. Muitas dessas fontes de água nasciam nos morros, como é o caso dos antigos rios Branco, São Bento e o famoso Itororó, no Monte Serrat.
“Para proteger é preciso conhecer. Por isso, o objetivo é cadastrar, monitorar, preservar e recuperar as nascentes da Cidade, para o uso sustentável dos recursos hídricos”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Marcos Libório.
O levantamento incluirá não apenas as nascentes da parte insular, como, em uma segunda fase, as da Área Continental do Município. A coordenação do trabalho será da engenheira agrônoma Greice Pedro, da Seção de Mudanças Climáticas (Seclima), da Semam.
Inicialmente de caráter interno, o trabalho envolverá a compilação de dados já disponíveis na Secretaria de Meio Ambiente, com checagem de informações e a mapeamento das nascentes. Em seguida, o programa incluirá análise da água, a ser feita pelo Laboratório de Balneabilidade, localizado no Orquidário. Também serão avaliadas a situação de exploração econômica, das condições demográficas e da ocupação e uso do solo nos arredores das nascentes. Os dados resultarão em um mapa, que será disponibilizado on-line à população, permitindo melhorar as políticas públicas no setor, como a sensibilização ambiental.
Em 2019, no Caruara, a Semam, com a participação dos alunos da UME Judoca Ricardo Sampaio, identificou uma dessas nascentes, que recebeu uma placa e passou a fazer parte das ações de educação ambiental da unidade.
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Foto: Carlos Nogueira/arquivo