A medida foi tomada após a Secretaria Municipal de Saúde registrar 34% de faltas no mutirão anterior, mesmo entre pacientes que haviam confirmado presença. Os agendamentos são feitos por telefone, pela Central de Regulação de Vagas de Santos, poucos dias antes, justamente para evitar esquecimentos.

Segundo o secretário de Saúde, Fábio Lopez, a ausência compromete não apenas o atendimento individual, mas também o sistema como um todo.

“Quando a pessoa confirma, significa que há necessidade do exame. Nos preocupa que, no futuro, ela possa precisar de um recurso mais complexo, como hospitalar, por não ter recebido o cuidado antes. Além disso, quem falta tira a vaga de alguém que ainda espera pelo atendimento”, afirmou.

Lopez também alertou para o desperdício de recursos públicos. “Os equipamentos e profissionais são disponibilizados, e o custeio será do município de qualquer forma, o paciente comparecendo ou não”, reforçou.

Principais motivos das ausências
Entre os pacientes que não compareceram, a Secretaria identificou como principais justificativas: falta de dinheiro para transporte, perda do encaminhamento e esquecimento. Quem perdeu o documento pode solicitar uma segunda via na unidade de origem, carimbada e assinada pelo médico solicitante.

Situação semelhante nas cirurgias pediátricas
O problema também afeta o mutirão de cirurgias pediátricas de baixa complexidade. Até a última semana, das 34 crianças agendadas para avaliação com cirurgião pediátrico e anestesista no Complexo Hospitalar da Zona Noroeste, 10 não compareceram — um índice de 30% de faltas.

No caso das cirurgias, o agendamento continuará seguindo o número de consultas disponíveis, que atualmente é de nove por dia.

Foto: Carlos Nogueira/Prefeitura de Santos