Esporotricose: Santos realiza ação educativa para alertar população no Morro do São Bento

Com o aumento de casos de esporotricose na região dos morros, a equipe de Informação, Educação e Comunicação (IEC) da Secretaria de Saúde de Santos realizou uma ação educativa na Policlínica do São Bento, nesta terça-feira (15). A proposta foi informar a população sobre os riscos da infecção, formas de prevenção e a importância do diagnóstico precoce.

A esporotricose é uma infecção fúngica que geralmente atinge a pele e os vasos linfáticos, podendo, em casos mais graves, comprometer órgãos internos. A transmissão ocorre principalmente pelo contato da pele com gatos infectados – por mordidas ou arranhaduras – ou com materiais contaminados, como espinhos de plantas, palha e madeira.

Casos em Santos

Em 2024, já foram registrados quatro casos confirmados em humanos, todos com transmissão por gatos infectados. No ano anterior, foram 11 casos. Os fungos responsáveis são o Sporothrix schenkii e o Sporothrix brasiliensis, este último mais comum no Brasil.

A ação foi coordenada pelas profissionais Andrea Ferreira e Sarah Ermenegildo, que destacaram a importância de identificar lesões nos gatos e reforçaram que a doença não é transmitida de pessoa para pessoa. “Muitas pessoas confundem com câncer ou outras doenças de pele. É essencial estar atento aos ferimentos nos animais”, explicou Sarah.

Sintomas e cuidados

Nos animais:

  • Feridas com secreção e crostas, principalmente na face, orelhas, nariz e patas.

  • Lesões que não cicatrizam.

  • Em casos graves, afeta o sistema respiratório.

Nos humanos:

  • Nódulos ou feridas na pele, especialmente em áreas expostas (rosto, braços, pernas).

  • Tratamento é essencial, pois a cura espontânea é rara.

  • Casos mais graves podem atingir outros órgãos, especialmente em pessoas com baixa imunidade.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da esporotricose é feito por exame laboratorial, mas o histórico de contato com animais infectados ou com solo contaminado é fundamental para a investigação. O tratamento costuma ser prolongado, mas é eficaz na maioria dos casos.

A Prefeitura de Santos reforça que qualquer suspeita deve ser avaliada por um médico ou veterinário, e ações de prevenção, como não deixar animais soltos na rua e o uso de luvas ao lidar com plantas, são fundamentais para evitar o contágio.

Foto: Raimundo Rosa/Prefeitura de Santos

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