Tarcísio se reuni com Rui Costa para tentar acordo sobre túnel Santos-Guarujá
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, esteve em uma reunião de emergência no Palácio do Planalto hoje (30), em resposta a um evento planejado para a próxima sexta-feira (2) em Santos. A cerimônia, que contará com a presença do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e ministros, celebrará o aniversário do porto de Santos, com anúncios significativos, incluindo a exclusão do Porto da lista de bens privatizáveis.
Durante a reunião, discutiu-se a construção do túnel entre Santos e Guarujá, previsto para ser realizado pelo governo federal. Essa obra se tornou uma das principais divergências entre o Palácio do Planalto e o governador Tarcísio de Freitas, que teve uma reunião em Brasília nesta terça-feira para abordar o assunto com o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
A divergência entre as partes envolve o financiamento da obra, inicialmente proposto como uma parceria público-privada (PPP) com aporte de recursos federais. No entanto, o governo federal agora defende a prevalência de recursos públicos.
O evento de sexta-feira é considerado um dos mais importantes deste segundo ano de mandato do governo federal, destacando-se pela singularidade da obra – um túnel submarino. A relevância do projeto também se reflete na política, com fontes indicando que “a sucessão passa pelo túnel”, aludindo ao potencial impacto na imagem de Tarcísio como “tocador de obras”, figura que pode ser crucial nas eleições de 2026.
Além disso, a obra fortalece discursos para aliados de Lula, como o ministro Marcio França e o vice-presidente Geraldo Alckmin, ambos potenciais candidatos ao governo de São Paulo em 2026. A vinculação do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, do Republicanos, ao projeto também sugere uma possível aproximação do partido com o governo federal, enquanto especulações apontam que a exclusão de Tarcísio da obra poderia ser a justificativa para sua saída do partido. Em Brasília, Rui Costa buscará um acordo com Tarcísio, considerando que o governo estadual pode influenciar a obra devido à necessidade de licenças ambientais estaduais.
Credito: Ricardo Stuckert