Sistema de combate às enchentes começa a ser testado na Zona Noroeste
Nesta quinta-feira (11), mais um importante passo foi dado para a resolução da questão histórica dos alagamentos na Zona Noroeste, em Santos. O primeiro teste de acionamento das três bombas do sistema de combate às enchentes, formado por estação elevatória, canal e comporta (EEC7), construída na Avenida Haroldo de Camargo, foi realizado com sucesso.
Mesmo antes da inauguração, o sistema que conterá alagamentos, com chuva forte ou fraca associada à maré alta ou baixa, já pode ser acionado em caso de necessidade, beneficiando principalmente os bairros Castelo, Areia Branca, além do Jardim Guassu, em São Vicente. O mecanismo foi projetado para trabalhar com armazenamento das águas pluviais em reservatório correspondente a três piscinas olímpicas.
Bombas acionadas
Na presença do prefeito Rogério Santos, os testes envolveram as bombas que são responsáveis pela retirada das águas retidas no reservatório, e têm capacidade de sugar o correspondente a até seis caixas d’água de mil litros por segundo. As bombas foram montadas com equipamentos vindos da Alemanha e da China, em fábrica no Rio de Janeiro. Eles foram testados em bancada e validados pela construtora Terracom, que executa a obra, e pela Prefeitura.
“São seis mil litros por segundo. Ela funcionando em sua plenitude esvazia automaticamente. Se apenas duas bombas funcionarem, em vinte minutos e uma bomba em quarenta. Então ele é modulado de acordo com a necessidade, em função da chuva ou da maré”, explica o prefeito Rogério Santos.
Com mecanismo associado ao uso de comporta, todo esse volume de água será lançado de forma gradual no Rio dos Bugres, para desaguar no canal do Estuário.
Para garantir o escoamento das águas pelo sistema e a segurança da população, moradores de palafitas do local serão transferidos para o Conjunto Habitacional Tancredo Neves.
Momento histórico
Para o prefeito Rogério Santos, trata-se de um momento histórico e muito esperado pelos moradores da Zona Noroeste. “Isso era esperado há mais de 50 anos e muita gente não acreditava, mas se concretizou e simboliza o investimento que estamos fazendo nessa região da Cidade”.
“É a primeira estação elevatória, estamos prevendo outras dez ao longo do Dique da Vila Gilda, na região da Alemoa e no Saboó. É um conjunto de estações que vai solucionar o problema de enchentes em todos os bairros da região”, disse o chefe do Executivo Santista, lembrando também de outros investimentos na Zona Noroeste como obras de pavimentação, implantação do Bom Prato e da Policlínica da Vila Gilda.
O secretário municipal de Serviços Públicos, Wagner Ramos, ressaltou a importância do momento. “Aqui se coloca uma cereja do bolo num trabalho que vem sendo planejado há muito tempo. É o primeiro passo de uma situação que vai trazer conforto para várias comunidades, com condição de segurança”, diz.
A obra
Na obra foram investidos R$ 38,5 milhões, sendo R$ 22 milhões oriundos de empréstimo do FGTS (Programa Avançar Cidades), supervisionado pela Caixa Econômica Federal. O restante da aplicação se trata de contrapartida do orçamento municipal.
A EEC7 faz parte do programa de macrodrenagem Santos Novos Tempos (SNT), que prevê um conjunto de 14 sistemas de comportas e 13 estações elevatórias, com operação completa prevista para estar em atuação até 2028.
Visitas monitoradas
Nas próximas semanas, os moradores do entorno serão convidados pela Prefeitura para conhecer o novo sistema e ver como funcionam os equipamentos que evitam os alagamentos na região.