TCU apura se garanhão bolsonarista ganhava até R$ 230 mil por Conselhos

O doutor Pedro Guimarães deve ser o protótipo do “cidadão de bem” dos fanáticos bolsonaristas.

Além de assediar as funcionárias da Caixa Econômica Federal, o doutor teria recebido até R$ 230 mil por mês, fora o salário de presidente da CEF, por participar de 21 Conselhos da Estatal.

A denúncia já está sendo apurada pelo Tribunal de Contas da União, a pedido do Ministério Público.

Para certo tipo de gente, nada mais natural que o chefe forçar funcionárias a fazer sexo.

Afinal, o homem é um garanhão e ocupou a presidência da instituição para acabar com a bandalheira promovida pelos petistas.

Não merece um “bônus” por algo tão patriótico?

Nada mais justo também que, além do salário que recebia para realizar o serviço, ganhasse “uns extras” participando de Conselhos.

Dependendo do que se discute nesses tais “Conselhos” é possível deduzir que o doutor Guimarães tenha “expertise”.

E afinal, o que são mais R$ 230 mil por mês para um cidadão com tantas virtudes?

O presidente Bolsonaro não tem nada a ver com essa história nojenta de assédio sexual e moral contra as funcionárias da CEF, e podia até desconhecer que o amigo estivesse ganhando tanto dinheiro em “Conselhos”.

Mas depois que as denúncias vieram à tona, o silêncio do presidente diz muito.

O caso do garanhão bolsonarista lembra o episódio do médium João de Deus.

São imensas as semelhanças.

A principal delas: ambos destacavam a importância da família e usavam o nome de Deus.

Senhor da razão, o tempo mostra mais uma vez que não costuma dar certo misturar política com religião.

É bastante provável que o garanhão bolsonarista não vá ver o sol nascer quadrado, mas a condenação moral ainda é algo muito significativo, mesmo no Brasil.

Pena que o estilo cafajeste ainda tenha tantos admiradores.

Sinal dos tempos.

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Texto: Edison Carpentieri via Blog do Carpentieri

Foto: Marcello Casal Jr./ Agencia Brasil

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