O cidadão que dá origem ao texto é um político profissional, quatro vezes deputado federal e que integrou vários ministérios de Jair Bolsonaro.
Enfim, um coringa do capitão.
Até aí, nada de mais.
A política quando exercida com dignidade é fundamental no processo democrático e contribui para o avanço civilizatório.
Não parece ser o caso de Onyx Lorenzoni, o político cujo nome lembra uma conhecida marca de chuveiro.
O dito cujo preferiu descer ao esgoto na disputa com Eduardo Leite pelo governo do Rio Grande do Sul.
“Finalmente o Estado terá uma primeira-dama de verdade”, afirmou Lorenzoni, numa agressão homofóbica ao seu adversário, que assumiu ser gay e que tem um namorado.
Eduardo Leite foi por três anos e meio um governador bem avaliado em seu estado e chegou a colocar seu nome para a disputa presidencial.
Como não foi escolhido por seu partido, o PSDB, Leite decidiu disputar novamente o governo do Rio Grande do Sul.
Lorenzoni saiu na frente e tem uma pequena vantagem no segundo turno, segundo as últimas pesquisa.
No entanto, ao invés de manter a disputa de forma democrática e civilizada, Lorenzoni preferiu partir para agressão e ataques homofóbicos a seu adversário.
Homofobia é crime e o autor pode ser punido com até três anos de detenção, segundo decisão recente do STF.
Lorenzoni ignorou a lei.
Atropelou os princípios básicos de respeito à cidadania.
Preferiu descer ao esgoto e mostrar o cidadão patético que é.
Um cafajeste não se comportaria pior.
Texto: Edison Carpentieri em Blog do Carpentieri
Foto: Agência Brasil