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Sérgio Moro acena para candidatura ao Senado por São Paulo

Ex-ministro afirmou que nome do seu partido para disputar a Presidência “hoje” é Luciano Bivar

O ex-ministro da Justiça Sérgio Moro deu a entender que a candidatura ao Senado por São Paulo é a possibilidade mais forte para seu destino nesta eleição de 2022. Em visita a Santos no sábado (14), ele manteve o estilo evasivo e contraditório que vem marcando suas movimentações no tabuleiro político e não foi enfático em nenhuma de suas declarações.

“A gente vai definir nas próximas semanas, vou ficar te devendo uma resposta agora”, respondeu, ao ser questionado sobre a qual cargo vai se candidatar nestas eleições. “A ideia de ir para o União Brasil foi para ajudar a construir uma saída para esta polarização”, completou, referindo-se à disputa entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).

“Não posso chegar no partido como o dono da bola”, disse no evento, organizado pelo deputado federal Júnior Bozzella, que é presidente estadual do União Brasil.

Perguntado se teria descartado a possibilidade de disputar a Presidência da República, o ex-juiz disse: “o pré-candidato do partido hoje é o Luciano Bivar, então essa posição está ocupada. A gente está ajudando neste projeto e estamos construindo nosso projeto ali dentro”.

Sergio Moro admitiu a possibilidade de ser candidato ao Senado por São Paulo. “Esta é uma das alternativas, mas esta definição só vai vir mais adiante. O mais importante no momento é a gente continuar carregando aquelas bandeiras que a gente sempre acreditou, o combate à corrupção, a ética na política, um governo voltado ao bem comum das pessoas. Isso é o principal, manter esta coerência”.

Questionado sobre sua falta de vínculos mais fortes com o Estado de São Paulo, já que construiu toda sua trajetória pessoal e profissional no Paraná, Moro disse que o importante são “as bandeiras”. “No fundo, eu trabalhei como juiz na Operação Lava Jato, que foi de repercussão nacional, inclusive aqui em São Paulo. Como ministro da Justiça, tomamos uma série de medidas importantes, inclusive aqui para São Paulo. Vamos lembrar, por exemplo, o enfrentamento ao crime organizado, a transferência das lideranças do PCC, no início de 2019. Estavam em presídios paulistas ameaçando a população, com ameaça de resgate, ameaça a promotores e juízes, nós fizemos as transferências para os presídios federais de segurança máxima.

O ex-juiz da Lava Jato não escondeu irritação quando o assunto foi a anulação de sua decisão que condenou o ex-presidente Lula no caso do tríplex do Guarujá. Ele reafirmou que considera a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) errada. “Todo mundo sabe o que aconteceu na Petrobras. A Petrobras não foi roubada?  A Petrobras não recuperou R$ 6 bilhões pelo trabalho da Lava Jato? A corrupção foi real, isso é inegável. E ninguém foi inocentado”, disse, dando por encerrada a entrevista. “Chega agora”.

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