Mais de 314 toneladas de lama e detritos variados foram retirados do canal da Rua Maria Mercedes Féa (Saboó) em apenas 10 dias de trabalho. A limpeza profunda do canal, iniciada no dia 21 de fevereiro, mobiliza uma escavadeira, dois caminhões e funcionários da Prodesan para uma tarefa que tem por objetivo principal garantir o correto escoamento das águas pluviais no bairro, para evitar enchentes. O trabalho deverá se prolongar até o final da próxima semana, de acordo com cálculos do secretário de Serviços Públicos, Wagner Ramos.
Paralelamente, outra equipe com 10 funcionários, um fiscal e um caminhão já retirou, em 12 dias de trabalho, 1.235 tonelada de lama, vegetação e inservíveis dos taludes do canal da Rua Vivaldo de Almeida Nery, também no Saboó. “Após a conclusão dos serviços na Rua Maria Mercedes Féa, a escavadeira, caminhões e pessoal passarão a fazer o mesmo serviço mecanizado no canal da Rua Vivaldo Nery”, explicou o titular da Seserp.
Evitar alagamentos
O secretário lembra que tanto o serviço manual como o mecanizado retiram expressiva quantidade de lixo junto com a lama, sobretudo garrafas PET, embalagens plásticas e pedaços de madeira. “Todos esses materiais comprometem o sistema de drenagem, afetando diretamente o escoamento da água e podendo causar alagamentos em caso de chuva forte ou prolongado”.
Braço de rio
O canal da Rua Maria Mercedes Féa passa ao lado da UME 28 de Fevereiro (Praça Santa Paulina, 49, Saboó) e atrás dos prédios do Conjunto Habitacional Athiê Jorge Coury, construído ao lado do Cemitério da Filosofia, até encontrar o Rio Lenheiros. Ele é um braço do Rio Saboó, parcialmente canalizado e coberto durante a construção do Conjunto Habitacional Mário Covas, iniciada em 2003, situado às suas margens. O braço de rio atravessa a Avenida Presidente Getúlio Dornelles Vargas.
No último dia 22, a Seserp iniciou os serviços mecanizados de desobstrução e retirada de lama do Rio Lenheiros, removendo cerca de 11 toneladas de lama, em média, por dia.
Já o Rio Saboó nasce no Morro São Bento, passa pelo terreno do Conjunto Habitacional Athiê Jorge Coury, entregue em 1984, e também atravessa a Avenida Presidente Getúlio Vargas e a área da ferrovia em direção ao Estuário. Ele chega nesse ponto após se juntar com um braço do Rio São Jorge, após ambos atravessarem a Avenida Engenheiro Augusto Barata e receber águas de pequeno afluente que nasce no próprio terreno da ferrovia.