Obras de drenagem no bairro do Saboó irão contribuir para acabar com os alagamentos na entrada da cidade em dias de chuva forte ou maré alta. A intervenção para escoar as águas das chuvas e dos rios em direção ao estuário, na área de competência federal, complementa a macrodrenagem realizada pelo Município na região.
A obra foi iniciada em outubro do ano passado e consiste na construção de um canal de retenção e instalação de galerias e tubos para a drenagem sob a Avenida Portuária. Também conta com a instalação de um canal com cestos, grades e comportas junto à foz do Rio Saboó.
Aduelas
Sob a Avenida Portuária serão implantadas duas galerias em aduelas de concreto (blocos pré-fabricados com formato retangular e vazado, que se encaixam formando grandes tubulações) medindo 4m x 2m, fabricadas para suportar tráfego ferroviário. Isso permitirá a qualquer tempo prosseguir os planos federais de implantar mais ramais ferroviários para os novos terminais portuários do Porto Saboó.
A obra inclui ainda dois tubos de 2,50m de diâmetro sob a avenida para o deságue da futura Estação de Bombeamento, a ser construída pela Prefeitura dentro do Programa Santos Novos Tempos, com aprovação do Ministério do Desenvolvimento Regional.
Serviços envolvem licenciamento ambiental
O Município providenciou os projetos executivos da macrodrenagem e interferências, contratou e está custeando os serviços da ProAmbiente. A empresa realiza o manejo da fauna e acompanhamento da remoção vegetal, tudo para atender à exigência do licenciamento ambiental.
Segundo o engenheiro Márcio Lara, gerente do programa Santos Novos Tempos, o Município também entregou os licenciamentos de engenharia, arqueológico, fundiário e ambiental.
O Ecoporto, por meio da empresa contratada Ecobulk, construiu canteiro de obras completo e efetuou o desmatamento autorizado na margem do Rio Saboó, do lado do Valongo.
Atualmente, está sendo concluída a construção da base para os recipientes de geotêxtil que receberão os resíduos do desassoreamento do rio (extensão de 300 metros entre as linhas e pátios ferroviários e a avenida portuária), conforme projeto executivo elaborado para a Prefeitura pela Ludemann Engenharia, empresa especializada.
“Já foram entregues no canteiro de obras todas as aduelas ferroviárias que serão instaladas sob a avenida portuária e a draga para o desassoreamento está mobilizada”, diz Márcio Lara.
“Na próxima semana será efetuada a remoção vegetal na margem do lado da Alemoa e em dez dias está previsto o início do desassoreamento, tratamento e disposição dos resíduos em geobags (bolsas filtrantes), que permanecerão em uma das margens, evitando custo de transporte e disposição em aterro”, completou.
Próxima intervenção será sob as linhas e pátios ferroviários
O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, informou pela imprensa que o aditamento do contrato de operação das linhas ferroviárias com a MRS será assinado em março. O contrato prevê outorga onerosa para executar a última parte das galerias de drenagem (três galerias em aduelas de 4m x 2m com 95m de extensão) entre a Av. Martins Fontes e as obras que estão sendo executadas atualmente pelo Terminal Ecoporto.
O orçamento da última parte também está estimado em R$ 25 milhões, sem custo para o Município. Os projetos executivos ferroviários com a logística necessária para não parar os trens da margem direita foram entregues à Prefeitura pela MRS, que já adotou todas as providências para a realização da obra. Agora só falta finalizar a análise do Tribunal de Contas da União para a assinatura do termo de aditamento visando a expansão do Porto de Santos.
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Foto: Carlos Nogueira