Outeiro de Santa Catarina é restaurado e ganha acessibilidade

O marco do povoamento da cidade e destaque turístico do centro histórico, o Outeiro de Santa Catarina, foi entregue restaurado à Cidade na manhã desta sexta-feira (28), dentro das comemorações do aniversário de 476 anos da cidade.

A obra abrangeu a restauração de todas as fachadas e ornamentos, além de itens de segurança, acessibilidade e outras melhorias. A construção irá ser o novo abrigo da Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams), que gerencia arquivos públicos da Administração Municipal e a memória documental e iconográfica da cidade.

Durante a cerimônia de entrega do Outeiro, a vice-prefeita Renata Bravo destacou o planejamento da obra. “Foi um processo muito cuidadoso de restauro porque não é só a revitalização de mais um prédio no Centro Histórico, é também o resgate, uma revitalização da história de Santos. Esse equipamento será muito importante para o turismo, o que reflete positivamente na retomada econômica, que é uma das nossas missões”.

Marco Inicial

O diretor-presidente da Fams, Luiz Dias Guimarães, explicou que o local será reaberto em breve ao público, que poderá assistir a diversas apresentações teatrais, lúdicas e culturais, voltadas a todas as idades. “O Outeiro é o marco inicial da Cidade, então é de um simbolismo fantástico a recuperação deste equipamento”, ressaltou. 

O projeto de restauração foi assinado pelo arquiteto Ney Caldatto. Os trabalhos realizados sob a fiscalização da Secretaria de Infraestrutura e Edificações (Siedi), tiveram um custo de R$ 3,2 milhões, custeados pelos Terminais Ageo por meio de Termo de Responsabilidade de Implantação de Medidas Mitigadoras ou Compensatórias (Trimmc).

“Nós, dos Terminais Ageo, estamos orgulhosos em participar junto com a Administração Municipal da restauração do marco inicial da Cidade, expoente dentre as edificações do Centro Histórico de Santos”, disse o diretor dos Terminais Ageo, João Bergomas.

Melhorias

Aplicação de massa e pintura na alvenaria do prédio principal e recuperação dos ornamentos da fachada, fizeram parte dos trabalhos realizados. Além disso, o painel artístico também passou por limpeza e recuperação, tal qual os gradis e guarda-corpos das escadas.

Para garantir a acessibilidade, foi construída uma caixa de movimentação externa com elevador e escada e também uma plataforma entre os dois imóveis para acessar a Casa de João Éboli.

A intervenção compreendeu ainda iluminação cenotécnica das fachadas; remoção e limpeza de telhas, calhas e rufos; reprodução de elementos decorativos; substituição das tábuas deterioradas do assoalho; pintura geral; limpeza e rejuntamento do painel de azulejo e aplicação de inseticida nas madeiras do piso e estrutura da cobertura.

Outeiro, a Casa Acastelada

No século XVI, o casal Luis Góis e Catarina de Aguillar ergueu, na base do pequeno morro, a Capela de Santa Catarina de Alexandria, junto à qual foi construída, em 1543, a primeira Santa Casa do País. Desde então, a região passou a ser ocupada, estendendo-se ao local que mais tarde seria a ‘Vila de Santos’ e, por fim, Santos.

Durante anos, o outeiro forneceu pedras para o calçamento das ruas e a ampliação do porto. Entre 1880 e 1884, o médico italiano João Éboli construiu uma casa acastelada no bloco de rocha que restou do monte e, em 1922, a Câmara Municipal reconheceu o Outeiro de Santa Catarina como sendo o marco inicial do povoamento da Cidade.

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Foto em destaque: Isabela Carrari/PMS

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