Seis viaturas da Guarda Civil Municipal (GCM) de Santos agora estão equipadas com desfibriladores para atender as emergências que podem acontecer na cidade. As viaturas fazem patrulhamento na Orla, Zona Noroeste, Morros, Centro Histórico e Área Continental e contam com mais dois aparelhos reservas.
Ao todo, trinta guardas foram treinados por equipes do Samu para operar o aparelho que pode ser usado em caso de parada cardíaca ou mal súbito, por exemplo.
Para preparar a corporação, uma simulação foi realizada no jardim da orla nessa quinta-feira (20). “Os guardas fizeram curso de capacitação para atuar com o desfibrilador. Então, em situações de emergência, teremos a opção de realizar a massagem cardíaca e do uso do desfibrilador até a chegada do primeiro socorrista. Isso vai ajudar muito. São alguns minutos de atendimento até a chegada do Samu ou dos Bombeiros, mas que salvam vidas”, diz o subcomandante Marcelo dos Santos Silva.
Segundo ele, o foco está na prevenção. “Na área da praia, com esse calor excessivo, por exemplo, há uma propensão a mal súbito. Antes do desfibrilador, já atendemos algumas ocorrências e foi necessária a massagem cardíaca”.
O subcomandante informa ainda que será possível realizar atendimentos durante 24 horas. “O equipamento passa a fazer parte da viatura, então a possibilidade é de atendimento dia e noite. A equipe está treinada e, em uma emergência, a todo segundo o profissional tem a possibilidade, com a aparelhagem, de evitar sequelas e até salvar uma vida. Porque a gente sabe que, em três minutos, com problema de oxigenação, nosso cérebro começa a apresentar danos”.
Missão
O guarda Lucas Pontes conta que o equipamento representará um bom reforço para o atendimento realizado na cidade. Lucas é um dos que vem sendo treinados para atuar com o equipamento e estava na simulação feita no jardim da orla. “Fizemos a apresentação dos procedimentos. Como a gente identifica se a pessoa está tendo uma parada cardiorrespiratória, quais são os procedimentos a serem tomados, quando devemos usar o desfibrilador, por exemplo”.
Lucas faz parte da corporação há 8 anos e sente que está preparado para a nova missão. “Para mim, foi muito bom porque passei por uma situação de atender a um infarto, há uns seis anos. Eu não tinha desfibrilador no momento e a pessoa morreu. Chamamos o Samu e tudo, mas não foi suficiente”.
O que fazer
A população poderá pedir ajuda em situações de emergência ao ligar para o 153 ou até mesmo pelo 190 “Quando alguém se deparar com uma situação de emergência, pode solicitar pelos dois números, porque, através do CCO (Centro de Controle Operacional), a viatura mais próxima será acionada para fazer o pré-atendimento até a unidade de socorro chegar. Uma outra viatura da Guarda ou mesmo da Polícia Militar também poderá acionar o atendimento”, acrescenta o subcomandante.
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Fotos: Nathália Filipe